sábado, 28 de novembro de 2009

My, my... Cá estou eu, novamente, quase 1 ano depois de ter iniciado esse blog e agora eu não sei (lembro) porque eu tinha começado. Ah, lembrei! Mas o ruim é que eu estou sem tempo para atualizá-lo! Ah, como eu queria já estar formada e trabalhando...!

Mas como isso ainda não é possível...

Conheci uma ficzinhas de no máximo 150 palavras (se ão me engano). Elas são chamadas de ficlets. Antes eu não gostava, mas aí eu tentei escrever uma e vi que é muito mais difícil do que imaginei. Você colocar toda uma idéia em apenas 150 palavras... Uou! Difícil. Já escrevi duas, mas gostei particularmente de uma delas ( e por ter recebido um comentário acho que não fui a única (rs rs)

Aqui vai então uma ficlet que eu escrevi!
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Um Perfume


“Muita gente não entende a minha mente. Muitos diziam, na época da guerra, que eu era um dos grandes estrategistas que já existiu. As minhas atitudes nunca foram previstas, e, quando ocorriam, nunca eram compreendidas. Ao contrário de mim, que sempre, sempre entendi o que se passava com as pessoas ao meu redor. Há! Como é fácil ler as pessoas: seus movimentos, seus olhares, suas bocas e enxergar um sorriso ou um ranger de dentes antes que eles aparecessem ali. Exceto ele... Não entendo mesmo! Nunca entendi e não consigo entender... O que o rege? Será ódio por mim? Pelo que eu entendi, quando todos acharam que eu tinha morrido naquela explosão, ele se desesperou, ficou alucinado! Não acreditava e nem queria ou desejava que eu tivesse morrido. Pude conferir isso quando ele esteve no quarto do hospital e me viu ali, vivo. Bastante vivo e praticamente recuperado do “acidente” que eu sofri. Levei um baita dum sermão e, óbvio, como estamos falando dele, levei um soco. Quase caí da cama. Só ouvi seus passos pesados saindo do quarto e a porta batendo na parede e depois fechando-se, dada a violência do ato. Mas até agora, mesmo toda aquela violência, apenas uma coisa permanece em minha mente...”
“Treize?”
“Hã?”
“Você queria falar comigo?”
“Hã?” - ainda estava meio zonzo, perdido entre a realidade e minhas divagações e não havia percebido que o tinha chamado para perto de mim... Novamente... Inebriante...
“Treize??”
“Ah, sim, perdão, Wufei.” - tentei me recompor perante o pequeno chinês. Pequeno... Perto de mim apenas, pois ele não é tão pequeno assim. Belo. E isso eu não posso negar! Ninguém pode. - “Eu estou com esses relatórios sobre a área que você está monitorando. Achei que você se interessasse em vê-los...”
“Tudo bem, então. Vou ver sim.” - e estendeu a mão apenas. Aquilo foi muito pra mim. Não conseguia, aliás, ainda hoje não consigo ter uma postura mais firme perante este jovem chinês. Raios! Ele é quase dez anos mais novo que eu! E fico aqui, agindo como uma criança com medo na frente da professora bonita! Minha mente não mais agia por si, meu consciente já havia sumido, apenas meu subconsciente agora mandava. Arrisquei. - “Er... Eu gostaria de vê-los junto de você, já que eu fui o responsável por essa vistoria.”
Ele apenas me olhou meio que de lado, estranhando. Claro, eu andava meio estranho!
“Claro. Estamos na frente da minha sala mesmo. Vamos ficar aqui.”
Quase morri. A sala dele era razoavelmente pequena. Só tinham duas cadeiras na sua mesa e eu ficaria muito próximo a ele. Perigosamente próximo.
Nos sentamos e agora minha mente termina de fundir... Ele está muito próximo. Próximo demais... Ele fala, fala e fala, e eu não ouço nada. Apenas vejo seus belos lábios, seu nariz liso e bem desenhado. Seus belos olhos rasgados. Como um chinês pode não ter a “cara amassada”?
Ele deu um pulo da cadeira. Quando vi, eu mesmo já estava do seu lado, encarando-o, meus olhos azuis conseguindo ser mais penetrantes que suas belas pérolas negras.
“Treize...?” - sua voz saiu trêmula e eu não pude resistir mais... Antes de meus lábios encontrarem seu belo pescoço, apenas arfei:
“Você tem um cheiro delirante!”